Descrever Sónia Sultuane é descrever inspiração e garra e, quem com ela priva, logo sente a sua sede de criação. As suas características reflectem-se em cada pormenor das suas obras, sempre e inevitavelmente, de inspiração improvável.

 

Em 1971, Maputo viu nascer aquela que não consegue parar de criar, mesmo quando o “bloqueio” aparece, serve sempre de reflexão para um novo caminho, novas peças, obras e letras.

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Premiada Poetisa, Escultora e Artista Plástica, com oito publicações, expôs para além de Moçambique, nas mais consagradas galerias, ainda em Itália e na África do Sul. Para além da criatividade emprestou, e empresta, o seu conhecimento, tendo abraçado diversos cargos em instituições de renome nacional, sempre ligados ao impulso da arte.

 

De instalações improváveis, onde as suas obras transpiram a posição das mulheres na sociedade moçambicana, as circunstâncias presentes e também na dialéctica entre as comunidades multirreligiosa, Sónia não deixou ao acaso cada uma das instalações que fez nos 48 Cálices. É surpreendente ver e viver cada detalhe que transformou os seus cálices em Pura Arte.